Desenvolvimento de MIE por AQbD: Como fazer?

Hoje voltamos a falar de um assunto que está cada vez mais presente na indústria farmacêutica, Analytical Quality by Design. Sabemos que essa abordagem será implementada no guia do ICH Q14 e consequentemente a ANVISA acabará sugerindo que as metodologias analíticas desenvolvidas sigam esse conceito.

 

Pensando nisso, nós da Scientia preparamos um passo a passo para o desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade por AQbD. Iniciamos o desenvolvimento através de um levantamento bibliográfico onde as metodologias presentes em monografias, compêndios, DMFs e artigos científicos devem ser avaliadas. As propriedades físico-químicas como solubilidade, pH, pKa e distribuição de micro espécies do ativo e impurezas relacionadas devem ser levadas em consideração para obtenção de separação cromatográfica adequada. Com isso uma metodologia base é utilizada para a investigação inicial e testes preliminares.

 

A definição do Analytical Target Profile (ATP) visa definir os parâmetros que serão monitorados na metodologia desenvolvida. O Diagrama de Ishikawa é necessário para avaliação das fontes de erros que podem influenciar a metodologia e estabelecer os CQMAs, CPPs e CMAs. A criação de uma tabela de análise de risco é essencial para a avaliar qual a importância e influência de cada parâmetro na metodologia.

 

O Delineamento de Experimentos (DoE) é dividido em triagem e otimização. Na triagem podemos estabelecer quais fatores serão avaliados e como influenciam a metodologia.

 

Na otimização obtemos a melhor resposta que será atribuída a metodologia desenvolvida. Para finalizar, levamos essa condição para a predição teórica e avaliamos se está condizente com o experimental.

 

Nessa etapa temos a definição da região de operação do método (MODR), onde podemos estabelecer os parâmetros de robustez da metodologia desenvolvida.

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